Á Ilha da Madeira By: José Ramos Coelho (1832-1914)
Á Ilha da Madeira by José Ramos Coelho is a captivating and beautifully written novel that transports readers to the stunning island of Madeira. The author's descriptive writing style truly brings the island to life, allowing readers to visualize the lush landscapes, vibrant culture, and rich history of Madeira. The story follows a young woman named Maria who embarks on a journey to Madeira in search of her family roots. As she navigates the island and uncovers long-held secrets, Maria learns about her family's past and discovers connections that she never knew existed. Throughout the novel, Coelho skillfully weaves together themes of identity, heritage, and the power of storytelling. The characters are well-developed and relatable, making it easy for readers to become emotionally invested in their journeys and relationships. Overall, Á Ilha da Madeira is a compelling and immersive read that will appeal to lovers of historical fiction and those interested in learning more about the enchanting island of Madeira. Coelho's vivid storytelling and heartfelt depiction of family ties make this novel a truly memorable and enjoyable read. First Page: Ramos Coelho Á Ilha da Madeira LISBOA Empreza do «Occidente» 1898 Á ILHA DA MADEIRA Ao nauta que do mar tempestuoso Vem dos baldões asperrimos cansado, Tu te mostras, ó ilha feiticeira, Como, depois de somno fadigoso De horriveis pezadellos, Um dia delicioso, Todo alegria e festa e raios bellos, Um claro dia pelo sol doirado. Se isto é hoje d'est'arte, O que seria d'antes, Quando te desvendaste a vez primeira Da nevoa e do mysterio em grande parte Á vista dos pasmados navegantes! Que, não bastando ainda estar perdida No meio do oceano, Por seculos dos homens escondida Em recondito arcano, Tu, qual donzella candida e medrosa, Que do banho sahisse, E a nudez, vergonhosa, De alvo cendal cobrisse, Em manto de neblina te embuçavas: E até do mar, que ás plantas te gemia, E até do proprio sol, que te queria, A virgem formosura recatavas. Porêm chegou o dia Pelo Eterno marcado, Em que, apezar d'esquiva, Te rendeste captiva Do sol da nossa gloria á viva chamma, Ao generoso brado Do grande Henrique de perpetua fama, Quando, assim como do Sinai o monte, Sagres de raios coroou a fronte, E, desmedido pharo, Ao marinheiro ignaro Fez dissipar as trevas do horizonte... Continue reading book >>

Á Ilha da Madeira By: José Ramos Coelho (1832-1914)

Á Ilha da Madeira by José Ramos Coelho is a captivating and beautifully written novel that transports readers to the stunning island of Madeira. The author's descriptive writing style truly brings the island to life, allowing readers to visualize the lush landscapes, vibrant culture, and rich history of Madeira.

The story follows a young woman named Maria who embarks on a journey to Madeira in search of her family roots. As she navigates the island and uncovers long-held secrets, Maria learns about her family's past and discovers connections that she never knew existed.

Throughout the novel, Coelho skillfully weaves together themes of identity, heritage, and the power of storytelling. The characters are well-developed and relatable, making it easy for readers to become emotionally invested in their journeys and relationships.

Overall, Á Ilha da Madeira is a compelling and immersive read that will appeal to lovers of historical fiction and those interested in learning more about the enchanting island of Madeira. Coelho's vivid storytelling and heartfelt depiction of family ties make this novel a truly memorable and enjoyable read.

First Page:

Ramos Coelho

Á Ilha da Madeira

LISBOA

Empreza do «Occidente»

1898

Á ILHA DA MADEIRA

Ao nauta que do mar tempestuoso Vem dos baldões asperrimos cansado, Tu te mostras, ó ilha feiticeira, Como, depois de somno fadigoso De horriveis pezadellos, Um dia delicioso, Todo alegria e festa e raios bellos, Um claro dia pelo sol doirado.

Se isto é hoje d'est'arte, O que seria d'antes, Quando te desvendaste a vez primeira Da nevoa e do mysterio em grande parte Á vista dos pasmados navegantes! Que, não bastando ainda estar perdida No meio do oceano, Por seculos dos homens escondida Em recondito arcano, Tu, qual donzella candida e medrosa, Que do banho sahisse, E a nudez, vergonhosa, De alvo cendal cobrisse, Em manto de neblina te embuçavas: E até do mar, que ás plantas te gemia, E até do proprio sol, que te queria, A virgem formosura recatavas.

Porêm chegou o dia Pelo Eterno marcado, Em que, apezar d'esquiva, Te rendeste captiva Do sol da nossa gloria á viva chamma, Ao generoso brado Do grande Henrique de perpetua fama, Quando, assim como do Sinai o monte, Sagres de raios coroou a fronte, E, desmedido pharo, Ao marinheiro ignaro Fez dissipar as trevas do horizonte... Continue reading book >>

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