In "Os Sinos Poesia Narrativa" by Raul Sangreman Proença, readers are taken on a journey through a collection of poetic narratives that explore the complexities of life, love, and the human experience. The author's evocative language and vivid imagery create a captivating and immersive reading experience that draws the reader into the world he has created.
Proença's storytelling is lyrical and emotive, with each poem offering a glimpse into the depths of the human soul. From themes of longing and loss to hope and redemption, each piece resonates with a raw authenticity that is both poignant and powerful.
The book's structure, blending poetry and prose, adds an additional layer of depth and complexity to the narrative, creating a multi-dimensional reading experience that is both thought-provoking and emotionally resonant.
Overall, "Os Sinos Poesia Narrativa" is a beautifully crafted work of art that offers readers a unique and profound exploration of the human condition. Proença's poetic voice is both haunting and mesmerizing, making this book a must-read for anyone who appreciates the power of words to evoke emotion and provoke introspection.
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RAUL PROENÇAOS SINOS
Raul Proença
OS SINOS
(Poesia narrativa)
ALCOBAÇA Typographia e Papelaria de Antonio M. d'Oliveira Rua de Santo Antonio, 14, 16 e 18
1908.
A João Carlos de Pina, artista talentoso e honesto
A ti dedico esta poesia, meu caro amigo, para que assim fique memorada a nossa convivencia intelectual, as longas palestras em que estabelecemos a communhão dos mesmos Sonhos.
É a primeira poesia narrativa que escrevo, tendo ficado sempre no dominio da poesia subjectiva, quer combativa, quer meramente psichologica. D'aqui e do meu fraco valor, a imperfeição que lhe has de achar.
Imperfeita, comtudo, t'a dedico e offereço.
20 dezembro 1907.
Raul Proença.
A T...
Nosso amor começou a quando o Outono, Quando as arv'res se despem da folhagem, Numa tristeza amarga que faz sôno, E mais fria e mais muda é a paisagem.
Começou quando avança a Sombra triste, E foi a brisa arripiante e agreste Que trouxe essas palavras que proferiste E o primeiro sorriso que me déste.
Que admira pois que o nosso amor tão largo Seja mais infeliz que um rei sem throno, Se o trouxe o Inverno no inicial lethargo?!
E temendo o... eu desejo o e ambiciôno o, Como te quero, ó lindo sonho amargo! Como te amo, meu pobre amor do outono!
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